O blog Conceitos Táticos, como o próprio nome entrega, visa abordar os conceitos táticos no mundo do futebol. Meu objetivo é analisar, provocar, fazer pensar, discutir e tirar dúvidas sobre o assunto. Estou sempre aberto a opiniões, sugestões, críticas, perguntas, discordâncias e etc.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Conhecendo Nossos Adversários: O México

Após vitória na estreia, a seleção brasileira irá enfrentar o México, equipe bem montada e que historicamente dificulta para nós. Assim como o Brasil, o México também venceu na estreia. Teremos portanto um duelo de líderes, cujo vencedor praticamente se garante na segunda fase.

O México historicamente complica para o Brasil, e será um duelo de líderes do grupo!

Após campanha hesitante durante as eliminatórias da Concacaf, o México se reinventou com o treinador Miguel Herrera. Com três zagueiros, o desenho tático varia durante a partida de acordo com o posicionamento de seus atletas. Os zagueiros Rodrígues (pela direita) ou Moreno (pela esquerda) abrem como laterais, empurrando o ala (Aguilar pela direita ou Layún pela esquerda) para formar o meio de campo com Errera e Guardado. O ala pelo lado oposto recua, formando uma linha de quatro. Isso acontece principalmente quando a equipe adversária conta com um atacante só, e os movimentos são muito bem coordenados.

No meio, Vásques é o  volante, responsável pela intermediária defensiva e por coordenar a saída de bola, com passes curtos e certeiros, procurando principalmente os meias Errera e Guardado. Tendo recebido a bola, os meias definem a jogada: passe em profundidade para os atacantes Santos e Peralta, tabelas rápidas pelo meio da defesa ou abertura para os alas Aguilar e Layún, que procuram a linha de fundo. Um bom leque de jogadas ofensivas.

No ataque, mesmo Santos sendo mais articulador e Peralta mais finalizador, eles se movimentam bastante, trocando constantemente de posição e procurando finalizar ou dar continuidade ás jogadas descritas acima: procuram a diagonal nas costas dos zagueiros para receber passes em profundidade, recuam para fazer a parede nas tabelas rápidas e buscam o centro da área quando a bola á aberta para os alas. Giovanni dos Santos foi a surpresa do primeiro jogo. Antiga promessa do Barcelona que não vingou e roda por times medianos, fez jus á camisa 10 nas costas e foi o responsável pelas principais jogadas da equipe. O jovem Oribe Peralta, carrasco brasileiro nas Olimpíadas de 2012 e responsável por deixar “Chichiarito” Hernández no banco, tem velocidade e poder de finalização, tendo sido o responsável pelo gol da vitória na estreia, porém por vezes peca na tomada de decisão e no controle de bola.

O México parte do 3-5-2, porém apresenta variações no desenho tático, de acordo com movimentações bem coordenadas entre os atletas.

No caso, Rodríguez abre como lateral direito, "empurrando" Aguilar para a linha dos meias. Do lado oposto, Layún recua, formando uma linha defensiva de quatro jogadores. Do outro lado isso também ocorre: Moreno abre pela esquerda, empurra Layún para atuar ao lado dos meias e Aguilar recua na direita, entrando na linha defensiva.

Na entrevista após a estreia, o treinador Miguel Herrera afirmou que “o Camarões não é o Brasil”, dando a entender que talvez mude um pouco a estratégia de jogo na próxima partida, trocando o grande volume ofensivo, com marcação pressão alta e controle de posse de bola por linhas mais recuadas e procurando explorar a velocidade de seus atacantes com passes em profundidade e contra-ataques.

PONTOS FORTES: Equipe bem coordenada na variação do desenho tático, com um bom leque de jogadas ofensivas.


PONTOS FRACOS: Insegurança na jogada aérea defensiva.

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