O blog Conceitos Táticos, como o próprio nome entrega, visa abordar os conceitos táticos no mundo do futebol. Meu objetivo é analisar, provocar, fazer pensar, discutir e tirar dúvidas sobre o assunto. Estou sempre aberto a opiniões, sugestões, críticas, perguntas, discordâncias e etc.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

ESPECIAL FAVORITAS DA COPA: A ALEMANHA

A segunda edição do especial favoritas da copa vai analisar a seleção alemã. Uma equipe fortíssima, tradicional, que conta com bons atletas, a melhor equipe do mundo atualmente e fez boas campanhas nas duas últimas Eurocopas e na última Copa do Mundo, porém sempre padecendo em jogos decisivos.  O elenco, agora rodado, conta também com jovens valores que abrem um bom leque de opções para o treinador Joachim Low.

Alemanha, uma das grandes favoritas ao título da Copa: equipe ofensiva, que mescla jogadores rodados com jovens valores.

Partindo do 4-2-3-1 da moda, Low monta sempre equipes ofensivas, tendo um ataque bastante produtivo. Costuma rodar bastante o elenco (mesmo durante as competições de tiro curto), o que dificulta para determinar quem serão os onze titulares da Copa.

O mais fácil de definir os titulares é no sistema defensivo: Neuer no gol, Lahm na direita, Mertesacker e Boateng no miolo da defesa e a única dúvida fica na lateral esquerda: o favorito é Schmelzer, do Borusia Dortmound, porém Jansen (do Hamburgo) tem sido regularmente escalado nos últimos jogos e corre por fora. Antes que alguém cite Hummels, ele, mesmo quando é relacionado, tem ficado no banco.

Schweinsteiger, recuperado de lesão, tem posição garantida na meia cancha. A dúvida fica por conta de parceiro. Naturalmente seria Khedira, mas vem de um longo período de lesão. Mesmo que se recupere, sua convocação e sua titularidade são uma incógnita. As opções de Low são Gundogan (também lesidado), Kroos e Lahm, que além de estar jogando regularmente de volante no Bayer foi também testado nessa posição nos últimos amistosos da seleção. Bender corre por fora, mas deve ficar mesmo como opção no banco. Com Khedira ou Gundogan, a seleção ganha em marcação, já, como Kroos ou Lahm tem seu passe valorizado. As opções de Low a cada jogo podem ser determinadas também pelas características do adversário.

No campo ofensivo é onde Low mais “brinca” com o elenco que tem. Ozil, Reus, Gotze, Muller, Shurrle e Klose brigam por quatro vagas. Low pode optar por um centroavante fixo (Klose) ou por um mais móvel (Gotze ou Muller). Kross, que pode jogar tanto como volante quanto mais adiantado na armação e o jovem Draxler (do Herta Berlim) correm por fora. Assim como entre os volantes, a escalação do sistema ofensivo deve sofrer variações jogo a jogo, dependendo das condições físicas de cada atleta, características do adversário e situações de jogo.

Uma seleção ofensiva, que valoriza a posse de bola, mas é mais vertical que a seleção espanhola. Tem uma boa rotação do quarteto ofensivo durante o jogo, que conta ainda com o apoio da dupla de volantes. Deve sufocar os adversários em seu campo ataque e procurar jogadas em velocidade com passe qualificado no meio (Schweinsteiger, Kroos e Ozil) e jogadores habilidosos pelos lados (Gotze, Shurrle, Muller, Draxler, Reus...).

Uma das possíveis escalações. Repare nas setas: a Alemanha deve encurralar seus adversários, promovendo grande pressão e atacando em intensidade.


PONTOS FORTES: Elenco qualificado, que agrega jogadores já rodados com jovens de qualidade e um bom leque de opções de diferentes características, que permite ao técnico Joachim Low mudar o panorama das partidas de acordo com suas necessidades.


PONTO FRACO: O excesso de lesões que vem acometendo alguns dos principais atletas durante a temporada. Alguns podem virar desfalques ou chegar o Brasil longe de sua melhor forma.