Alex Fergunson está se aposentando agora após mais de duas
décadas no comando do Manchester United, e os clubes brasileiros parecem estar
descobrindo agora uma receita simples de sucesso: manutenção do técnico,
pequenos ajustes no elenco e tempo e tranqüilidade para colher os frutos do
trabalho. Foi assim com o Corinthians de Tite, campeão da Libertadores e do
mundo e está sendo assim agora com o Atlético-MG de Cuca, dono do futebol mais
vistoso do ano. A continuidade e os pequenos ajustes no bom trabalho do ano
passado (o principal deles a contratação de Diego Tardelli) traz resultados que
uma reformulação drástica (recurso comum por aqui) dificilmente traria.
O quarteto ofensivo do Galo: qualidade, continuidade, trabalho e entrosamento entre os segredos do sucesso. |
No atual
texto irei focar na dinâmica do quarteto ofensivo atleticano (e bota dinâmica
nisso). No desenho inicial, temos Ronaldinho na articulação central, Diego
Tardelli pela direita, Bernard pela esquerdae Jô na referência. Porém não vemos
em campo esse desenho inicial sendo respeitado. Há muita troca de posição e de
função durante as partidas, aproveitando a qualidade e o entrosamento dos
atletas e indefinindo a marcação da equipe adversária. Jô recua, os atacantes
pelos lados fazem diagonais e aparecem como referência, Ronaldinho abre pela
esquerda... tudo isso com o apoio principalmente de Marcos Rocha pela direita e
de Leandro Donizete pelo meio.
A
impressionante capacidade física de Jô é bastante e muito bem explorada pela
equipe, que usa bastante dos lançamentos longos, principalmente de Rever e
Leandro Donizete. Cabe aqui uma ressalva: as “quebras” de bola procurando Jô
não se dão por falta de recursos ofensivos da equipe, mas sim como uma poderosa
arma, muito bem treinada e muito bem articulada.
Nas fotos
abaixo, vemos quatro situações diferentes ocorrendo nos quatro gols do Atlético
na partida contra o São Paulo pela Libertadores. Escolhi o mesmo jogo para
retratar como em um único hoje a equipe pode usar um grande leque de armas. Reparem como os gols saem de diversos setores do campo: lançamentos longos, jogadas pela direita e jogadas pela esquerda.
A
imprevisibilidade do futebol não permite cravar o Atlético como campeão da
Libertadores ou do Brasileirão, mas é hoje o time que mais encanta e
impressiona no Brasil. A velocidade e a intensidade impostas, principalmente em
casa, a fome de gols, e tudo isso de maneira muito bem treinada, articulada e
executada. Torcemos para ver mais equipes como o Atlético-MG de hoje.
No primeiro gol: Jô voltou para disputar lançamento pelo alto e ficou na posição do articulador central. Tardelli partindo da direita, Ronaldinho abrindo pela esquerda e Bernard na referência. |
No segundo gol, jogada pela direita: time "certo" com Tardelli na direita, Ronaldinho na articulação central , Jô na referência e Bernard na esquerda. |
No terceiro gol: Jô volta para ajudar a marcação e deixa Tardelli na referência, aproveitando sua velocidade na transição ofensiva rápida, partindo de uma ligação direta do goleiro Victor. |
É mto dificil marcar o time.... certinha a analise. A troca é impressionante, vamos torcer para as coisas acontecerem! #AQUIÉGALO
ResponderExcluirParabéns pela analise, quem realmente ama o futebol entende que o Atlético vive um momento mágico. Não sei se fisicamente o time irá aguentar toda a temporada. Tudo bem que tem banco, mas quando o Tardelli e o Bernard ficaram fora, o time sofreu muito.
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