Na mesma jogada da imagem acima: Neymar vai buscar o jogo, enquanto Hulk se projeta na diagonal: a liberdade concedida aos atletas gera uma grande variação de jogadas possíveis. |
Outro momento no mesmo jogo: Hulk (vermelho) à direita, Oscar (amarelo) centralizado e Neymar (azul) pela esquerda. |
Na segunda partida, as trocas de posições permanecem: Hulk (vermelho) pela direita, Neymar (azul ) centralizado e Oscar (amarelo) na esquerda e na linha do Damião. |
Durante a
competição, Mano sacou Hulk e escalou Alexsandro em seu lugar. Oscar ganhou
liberdade para se movimentar pelo meio de campo e Neymar o mesmo pelo ataque.
Rômulo e Alexsandro apareciam no ataque de forma alternada, com Sandro ficando
mais plantado. Teoricamente, uma alteração mais defensiva, porém, com um dos
volantes sempre avançava, a fragilidade defensiva se manteve.
No amistoso
após os Jogos Olímpicos, com o reforço de alguns atletas com mais de 23 anos,
Mano alterou novamente o desenho tático da equipe: 4-4-2 com o meio de campo em linha. Rômulo e
Paulinho formavam a dupla de volantes, Ramires executando o mesmo papel que
executa no Chelsea, aberto pela direita, e Oscar aberto pela esquerda
executando um papel semelhante ao de David Silva no Manchester City: composição
da linha do meio pela esquerda sem a bola, e centralização para armar o jogo
com a bola. Na frente, Neymar com liberdade para circular e Damião na
referência.
As três formações trabalhadas por Mano nesse curto período de tempo são interessantes e têm como elemento comum a mobilidade e troca de posições entre atletas (o que dificulta a marcação adversária) e a vontade de beneficiar as características de seus atletas. Porém é preocupante o fato de, em dois anos de trabalho, Mano ainda não ter definido uma maneira de jogar. Na seleção, com o grupo se reunindo esporadicamente, é pequeno o tempo de trabalho, por isso quanto antes ele definir uma linha, melhor para todos.
Apesar dos diversos problemas encontrados e do atraso em seu trabalho, sou a favor da permanência de Mano Menezes no comando da seleção. Primeiro porque acho que o trabalho dele tem alguns aspectos positivos, que podem e devem ser otimizados. Segundo porque considero inviável abortar um trabalho que, apesar do atraso, já está em andamento do que começar outro do zero a apenas dois anos da Copa. Terceiro porque não há hoje no Brasil nenhum treinador excepcional.
O trabalho dele ter ALGUNS aspectos positivos não tem muito mérito, né? Pra quem foi considerado pelo menos a segunda opção pra assumir a posição, alguns aspectos positivos é o mínimo que ele teria que fazer.
ResponderExcluirMas concordo sobre a falta de treinadores no Brasil e sobre a permanência dele no comando técnico. Só queria entender o que aconteceu que o Ney Franco saiu e não manteve o bom trabalho que vinha sendo feito. Se houve rasteira de um, mentiras de outro...
Acho que isso deve ter influenciado mais esse trabalho contínuo do que outra coisa.