Após vitória na estreia, a seleção brasileira irá enfrentar
o México, equipe bem montada e que historicamente dificulta para nós. Assim
como o Brasil, o México também venceu na estreia. Teremos portanto um duelo de
líderes, cujo vencedor praticamente se garante na segunda fase.
O México historicamente complica para o Brasil, e será um duelo de líderes do grupo! |
Após campanha hesitante durante as eliminatórias da
Concacaf, o México se reinventou com o treinador Miguel Herrera. Com três
zagueiros, o desenho tático varia durante a partida de acordo com o
posicionamento de seus atletas. Os zagueiros Rodrígues (pela direita) ou Moreno
(pela esquerda) abrem como laterais, empurrando o ala (Aguilar pela direita ou
Layún pela esquerda) para formar o meio de campo com Errera e Guardado. O ala pelo
lado oposto recua, formando uma linha de quatro. Isso acontece principalmente
quando a equipe adversária conta com um atacante só, e os movimentos são muito
bem coordenados.
No meio, Vásques é o volante, responsável pela intermediária
defensiva e por coordenar a saída de bola, com passes curtos e certeiros,
procurando principalmente os meias Errera e Guardado. Tendo recebido a bola, os
meias definem a jogada: passe em profundidade para os atacantes Santos e
Peralta, tabelas rápidas pelo meio da defesa ou abertura para os alas Aguilar e
Layún, que procuram a linha de fundo. Um bom leque de jogadas ofensivas.
No ataque, mesmo Santos sendo mais articulador e Peralta
mais finalizador, eles se movimentam bastante, trocando constantemente de
posição e procurando finalizar ou dar continuidade ás jogadas descritas acima:
procuram a diagonal nas costas dos zagueiros para receber passes em
profundidade, recuam para fazer a parede nas tabelas rápidas e buscam o centro
da área quando a bola á aberta para os alas. Giovanni dos Santos foi a surpresa
do primeiro jogo. Antiga promessa do Barcelona que não vingou e roda por times
medianos, fez jus á camisa 10 nas costas e foi o responsável pelas principais
jogadas da equipe. O jovem Oribe Peralta, carrasco brasileiro nas Olimpíadas de
2012 e responsável por deixar “Chichiarito” Hernández no banco, tem velocidade
e poder de finalização, tendo sido o responsável pelo gol da vitória na
estreia, porém por vezes peca na tomada de decisão e no controle de bola.
O México parte do 3-5-2, porém apresenta variações no desenho tático, de acordo com movimentações bem coordenadas entre os atletas. |
Na entrevista após a estreia, o treinador Miguel Herrera
afirmou que “o Camarões não é o Brasil”, dando a entender que talvez mude um
pouco a estratégia de jogo na próxima partida, trocando o grande volume
ofensivo, com marcação pressão alta e controle de posse de bola por linhas mais
recuadas e procurando explorar a velocidade de seus atacantes com passes em
profundidade e contra-ataques.
PONTOS FORTES: Equipe bem coordenada na variação do desenho
tático, com um bom leque de jogadas ofensivas.
PONTOS FRACOS: Insegurança na jogada aérea defensiva.
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