Abro aqui minha série de análises das seleções favoritas á
Copa do Mundo falando sobre a atual campeã: a Espanha. Uma equipe talvez um pouco envelhecida, cujos
astros já passaram do auge, porém ainda perigosíssima e grande candidata. Vicente Del Bosque, já há seis anos no
comando, não deve trazer grandes novidades, mantendo o time campeão do Mundo e
bicampeão da Eurocopa.
A base do time continua a mesma dos últimos seis anos vitoriosos. |
Três goleiros experientes (Casillas, Valdés e Reina), sendo
que Casillas deve ser o titular, mesmo não tendo vaga cativa no Real Madrid. O
jovem De Gea, titular do Manchester United, deve esperar até 2018.
A linha defensiva, composta por quatro jogadores, deve
contar com Piqué e Sergio Ramos no comando da defesa e Jordi Alba na lateral
esquerda. Na direita, Juanfran, em
grande fase no Atlético de Madrid, vem sendo testado nos últimos amistosos
(tendo inclusive feito um gol) e pode surgir como novidade, no lugar do fraco
Arbeloa.
A dupla de volantes deve ser composta por Busquets e Xabi
Alonso. Busquets contribui com o primeiro passe certo e o senso de cobertura e ocupação
de espaços, enquanto Alonso “quebra” o ritmo do “Tiki Taka” catalão com
inversões e bolas longas. Com Alonso em declínio
físico e Thiago Alcântara em grande fase, o segundo pode surgir como titular,
dando mais dinamismo ao meio de campo e deixando a seleção mais parecida com o
Barcelona, mais cadenciada, porém perdendo a acelerada que Xabi Alonso
proporciona.
No meio de campo, Xavi segue absoluto como cérebro da
equipe, comandando as ações ofensivas em parceria com Iniesta, que atua mais
pela esquerda, mas procurando bastante o centro do campo. Pela direita, o
titular deve ser Pedro, mais atacante, que visa dar maior profundidade á
equipe, deixando-a mais agressiva. Pedro atua em diagonal, sempre procurando o
gol. David Silva, excelente meia do Manchester City, deve ficar como opção no
banco, assim como Cazorla. Escalar um dos dois no lugar de Pedro qualificaria
ainda mais a qualidade do passe, porém deixaria a equipe com dificuldades em
penetrar a defesa adversária, e Vicente Del Bosque, mesmo aproveitando as
características do Barcelona, gosta de equipes mais agressivas. Jesus Navas (ou
Koke, que foi pouco testado por Del Bosque mas pode aparecer na convocação final) fica como opção
para buscar a linha de fundo no caso de enfrentar uma defesa muito fechada, ou
buscar o contra-ataque em caso de vitória parcial.
Se até o meio de campo a equipe está praticamente definida,
a maior dor de cabeça de Del Bosque está no comando do ataque. Llorente, Soldado, Negredo e Torres já
ganharam suas chances, mas nenhum deles inspira total confiança. A última
cartada é o brasileiro naturalizado Diego Costa, a antítese do “Tiki Taka”
catalão. De estilo rompedor e polêmico, pode ajudar a furar retrancas
adversárias. Deve ser titular na Copa, tendo como opção no banco um finalizador
(Soldado ou Negredo). Torres, de boa inteligência tática e capaz de ficar na
linha dos zagueiros para receber livre sem ficar impedido, deve ser opção para
contra-ataque em caso de vitória parcial, quando a equipe adversária se
adianta. Alternativa também é Fábregas atuar como falso centroavante, recuando
para armar e abrindo espaços para as diagonais de Pedro e Iniesta.
PONTOS FORTES: equipe pronta, ainda a base campeã da última
Copa do Mundo e das duas últimas Eurocopas.
PONTOS FRACOS: principais atletas já em declínio físico e a
falta de um camisa 9 realmente confiável.